sábado, 18 de junho de 2011

Exemplos

Vou falar um pouco sobre o exemplo, para que serve e o que ele pode acarretar.
Porque escolhi esse tema desta vez? Não sei ao certo, sei que há dias sinto necessidade de escrever sobre ele (o que já queria ter feito). Este é um assunto que merece muita atenção, haja visto o grande poder que carrega com ele. Obviamente que ele se correlaciona com outras coisas já discutidas aqui anteriormente que serão citadas no decorrer deste texto.
Porque o exemplo exerce tanto poder é pode ser tão perigoso? Porque é através dele que fazemos uma das coisas mais bonitas que existem: ensinar. Claro que podemos aprender de muitas formas: podemos aprender observando/vendo/ouvindo, podemos aprender através da ação de outras pessoas (o tal do exemplo que estamos discutindo) e podemos aprender passando por determinada situação. Cada uma delas requer uma certa quantidade de "conhecimento". A que requer mais sabedoria é a aprendizagem através da observação, pois a pessoa não precisa passar por tal cituação ou dificuldade para aprender; apenas observa o que acontece com as pessoas e como elas agem, aprendendo o que é melhor ou não fazer (por exemplo: vê que não é bom, então ela não bebe). Por isso se diz, especialmente no meio Espírita, que uns aprendem pelo amor e outros aprendem pela dor (infelizmente estes são a grande maioria e por isso a necessidade de passarmos por determinadas situações: para aprender e nos educarmos). Mas vamos focar no exemplo.
Quem exerce o poder do exemplo sobre nós? Bom, isso varia de pessoa pra pessoa. Geralmente nos espelhamos em pessoas próximas, pessoas famosas ou ídolos (pode ser famoso ou não). E porque pode ser tão "perigoso" assim? Pois nos tornamos responsáveis não apenas por nós através das escolhas que nós fazemos. Também nos tornamos responsáveis por 1 ou mais pessoas, podendo chegar a milhões. Já vimos isso anteriormente quando escrevi sobre Liberdade e Libertinagem, sobre Política (que está separada em 3 partes), sobre se o Fim Justificam os Meios e sobre o Trabalho.
Uai, trabalho? Sim, porque é através do trabalho que nos esforçamos para vencer nossas dificuldades. Conquistamos as coisas por esforço próprio, nada vem de graça e isso tem tudo a ver com liberdade. Porque? Porque Deus nos dotou do livre-arbítrio para que façamos nossas escolhas e sejamos responsáveis pelo que dela advir. Ou seja, se fizermos boas escolhas e trabalharmos para que elas aconteçam, significa que recebemos por mérito próprio a colheita que nos é merecida.
Ok, ok, mas porque mais devemos tormar cuidado? Porque somos irmãos ou primos mais velhos, sobrinhos ou afilhados, padrinho/madrinhas, porque poderemos nos destacar de alguma forma (seja na comunidade, no trabalho ou na mídia) e, principalmente, porque podemos ser pais (se já não o somos). Isto é, de todas as formas de ser exemplo, as que considero mais difíceis são a de mídia e a de paternidade/maternidade. E porque? Simples: porque ou arrastamos multidões para o bom ou mal caminho (como é o caso dos políticos com as escolhas que eles fazem por milhões de pessoas e o caso dos famosos) e porque a paternidade/maternidade é um dos bens mais preciosos e sagrados que existem. Claro que cada pessoa escolhe o que fazer da vida, mas os pais tem papel fundamental e crucial nessas escolhas, no caráter e na forma como a criança vê o mundo. Uma das funções primordiais da paternidade/maternidade é ensinar. Quantas não são as crianças que são "estragadas" por causa dos pais e dos exemplos que eles dão no que diz respeito, por exemplo, a mentira, generosidade, honestidade, humildade, rancor, ansiedade, desrespeito, entre muitas outras coisas.
Esse poder também capacita o ídolos e os famosos. Por ídolos podemos entender qualquer pessoa (mesmo famosa) que exerce um grande fascínio em nós e que, portanto, têm grande influência em nossas escolhas. Pode ser um professor, um primo, um vizinho, alguém do trabalho, alguém que não exista na vida real (um desenho, por exemplo) ou, claro, um famoso. Abaixo coloco apenas algumas fotos de famosos (sem jultamentos de minha parte, para mais ou para menos) para que pensem sobre qual o tipo de influência eles têm sobre nós e sobre as pessoas no geral (quero dizer na sociedade):


Amy Winehouse

Madonna e Lady Gaga

Madre Teresa de Calcutá



Gandhi e Jesus






Obviamente que existem milhares e milhares de pessoas que podemos pegar como exemplos, tais como Rihanna, Dalai Lama, Buddha, políticos no geral ou algum em específico, Francisco de Assis, Maria Madalena, Hitler, Che Quevara, Fidel Castro, Osama Bin Laden, jogadores de futebol, shakira, Barack Obama, Ricky Martin, Chico Xavier, o Papa, Carla Bruni, Silvester Stalone, participantes de realitys shows etc etc etc.
Além destes, temos outros inúmeros exemplos no anonimato: a garotinha de Brasília que colocou cartaz na cidade para devolver R$ 50 que encontrou na rua, crianças ou animais que nasceram com algum tipo de deficiência, trabalhadores dos bastidores da televisão, pessoas que se superam (os verdadeiros Super-Homens e Mulheres Maravilhas), aquela vizinha ou pessoa que ajuda na igreja e preferem não se exporem. Um dos grandes exemplo que vejo (e claro, emocionam as pessoas) são as pessoas que se superam e se reinventam todos os dias pelo mundo a fora, para que possam sobreviver em meio à miséria, à fome, à pobreza, ao desemprego etc. Para finalizar, ainda posso citar 2 ótimos filmes -como não poderia deixar de ser - (inclusive já falei sobre um deles na postagem sobre Diversidade de Assuntos): Flor do Deserto e Um Sonho Possível. Flor do Deserto mostra a história real de uma modelo somaliana que luta pela não mutilação das mulheres de seu país. Já Um Sonho Possível trata da história, também real, de uma senhora branca dos Estados Unidos que, inicialmente indiretamente, adota um rapaz negro e "burro" que ninguém acreditava nele.

Flor do Deserto





Um Sonho Possível








Enfim, esta postagem é apenas para pensarmos nas escolhas que fazemos quando, por exemplo, pedimos para alguém mentir que não estamos em casa para não atender o telefone ou que tipo de inspiração causamos em outras pessoas com nossas atitudes (das mais simples e cotidianas às mais significativas e "grandes"). Conclusão: não pode haver falso moralismo. "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"? Acho que não é por aí. Nossas palavras e ações devem ser condizentes e coerentes com nossos pensamentos e a ideologia que pregamos. O que estamos tomando como exemplo e que tipo de exemplo passamos para as outras pessoas? Só podemos ensinar o que já tivermos aprendido!

Au revoir

Um comentário:

  1. Concordo com o seu texto e considero este também,um bom exemplo.Boas indicações de filmes(o segundo na época que passou queria ter visto,mas não deu certo;mas pretendo vê-lo ainda e a primeira indicação também).
    LUZ.

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